5 Pilares da Gestão Estratégica de Pessoas nas organizações, acredito que sejam fatores cruciais e de grande valia a todos em nosso cotidiano.
1- A motivação adequada dos funcionários
Esse é o pilar base para o desenvolvimento dos demais e demanda uma análise profunda do que motiva os profissionais de sua empresa. Ainda que muitos gestores acreditem que a única forma de motivar seus funcionários é por meio de investimentos altos, um bom gestor é capaz de motivar sua equipe sem muitos estímulos monetários.
Para que o profissional dê o melhor de si não basta que ele tenha uma quantia maior a receber no fim do mês. Não estamos afirmando que os incentivos financeiros não sejam efetivos. Contudo, em boa parte das situações, a simples prestatividade da liderança para com seus liderados já produz resultado semelhante ou melhor que uma gratificação de salário.
Isso acontece devido ao comportamento do líder, que se posiciona como mentor daquele profissional, desenvolvendo as capacidades técnicas e humanas dele. Além da postura da liderança, as empresas têm outras possibilidades que permeiam os pilares das boas práticas de gestão estratégica de pessoas nas organizações e são muito eficazes na motivação adequada de seus funcionários.
Para colocá-las em prática, é preciso mais boa vontade das gestões que dinheiro em caixa. Uma delas é adotar medidas para o conforto dos profissionais. No entanto, atenção: não estamos falando apenas de mesas grandes e cadeiras ergonômicas.
O gestor que precisa de empenho extra de sua equipe, por exemplo, pode recompensá-los com a bonificação de horas ou dias de folga conforme o sucesso de determinado projeto — ou ainda flexibilizar os horários de trabalho dos profissionais. Isso faz com que eles vivam o emprego e reduz a sensação de obrigação que uma jornada laboral pode imputar na rotina do trabalhador.
2- O processo de comunicação
Já dizia Chacrinha: “quem não comunica, se trumbica”. Assim, um dos principais pilares da gestão estratégica de pessoas é justamente manter uma comunicação clara, objetiva e de mão dupla.
Ou seja, é preciso que a empresa transmita suas metas e objetivos de maneira que não restem dúvidas e que os gestores e líderes sempre se mantenham abertos ao diálogo com seus liderados. Uma forte característica das empresas que trabalham bem esse pilar é a adoção e incentivo da cultura do feedback.
Ao estimular tanto os responsáveis por equipes quanto os liderados a avaliar uns aos outros e as ações institucionais, é muito mais fácil corrigir erros, alinhar objetivos e obter resultados melhores. No entanto, não basta apenas falar, é preciso fazer. É fundamental estimular a comunicação entre todos.
Uma boa forma de estimular essa comunicação bilateral é implantar canais de comunicação oficiais que permitem que os profissionais expressem suas opiniões, críticas e elogios. Em um primeiro momento, é até interessante que o processo seja estimulado de forma anônima.
Com a consolidação dessa cultura, porém, o processo de feedback pode ser em grupo, permitindo que todos interajam de forma livre e espontânea a fim de aprimorar a fala dos demais. No entanto, esse trabalho deve ser muito valorizado nas bases e não apenas nos topos hierárquicos.
É preciso lembrar que o desenvolvimento do sentimento de pertencimento é um poderoso aprimorador de resultados. Ou seja, antes mesmo de instituir canais de comunicação, os líderes e gestores precisam ser instruídos e entender o valor da comunicação na gestão estratégica de pessoas nas organizações.
3- O trabalho em equipe
Para que um trabalho em equipe efetivamente aconteça com qualidade, é preciso que cada integrante do grupo entenda claramente seu papel dentro do processo global. Além disso, a liderança precisa manter os objetivos do trabalho de cada um dos profissionais bem alinhados e em sinergia com as metas da empresa.
É importante, também, que os indivíduos de uma equipe entendam como seus trabalhos estão intercalados e como a qualidade das atividades de um pode influenciar positiva ou negativamente nos resultados dos demais profissionais — assim como nos resultados da empresa.
Uma ótima maneira de estimular essa percepção é abandonar o modelo taylorista, em que cada profissional é especialista apenas em seus processos de produção. Ou seja, para reforçar o trabalho em equipe, é fundamental que o profissional entenda a importância do seu trabalho no fim do processo.
Da mesma forma, é interessante que ele conheça as atividades dos demais setores, suas limitações e como a melhoria do seu trabalho facilita a fluidez dos processos da sua equipe e da organização. Isso é facilmente conquistado por meio da implementação de grupos de trabalho para discussão de inovações e solucionamento de problemas da empresa.
Uma outra estratégia para formar equipes de sucesso é constituí-las a partir da junção de profissionais multidisciplinares. Assim, os colaboradores da mesma equipe terão capacidades que se complementam e, com o devido incentivo, passam a assimilar novos conhecimentos e a desenvolver suas próprias capacidades individuais, eliminando as limitações profissionais.
4- As competências e o conhecimento
O entendimento da importância das competências e do conhecimento é algo intrínseco aos bons líderes. Afinal, uma organização é formada por pessoas e cada uma delas tem suas competências. No dia a dia, é a capacidade da empresa em gerir e agregar essas características que a permitem se destacar em seu setor.
Entendendo essa diversidade, o gestor percebe a importância da gestão de competências, que nada mais é que otimizar o resultado das tarefas de acordo com a capacidade dos profissionais que compõem a equipe. Essa gestão de habilidades só é possível ao avaliar as atitudes e os conhecimentos individuais.
Com uma avaliação de desempenho, o responsável por uma equipe é capaz de direcionar melhor as demandas, estimular resultados com maior produtividade, desenvolver suas equipes e monitorar melhor o desempenho de seus liderados. Ou seja, por meio da gestão de competências, as empresas maximizam seus resultados.
Quanto mais conhecimento um colaborador detém, mais desenvolvidas e variadas serão as suas competências técnicas e humanas. Por isso é importante que um gestor conheça as capacidades e limitações de cada um de seus liderados. Só realizando a gestão desses atributos ele será capaz de investir de forma mais eficaz no desenvolvimento pessoal e profissional dos componentes de sua equipe.
5- O desenvolvimento pessoal e profissional
Como estamos em plena Era da Informação e do Conhecimento, não é de se admirar que um dos 5 pilares da gestão estratégica de pessoas nas organizações seja exatamente o investimento em constante desenvolvimento pessoal e profissional.
É preciso lembrar que as organizações são como entidades vivas e precisam se manter em constante transformação para acompanhar o desenvolvimento da tecnologia e da sociedade de modo geral. Para que isso seja possível, é preciso investir.
Não há outra forma estimular o desenvolvimento pessoal e evolução profissional dos colaboradores que compõem sua equipe se não por meio de investimento — seja ele em treinamentos ou em gratificações conforme a evolução técnica do indivíduo. Portanto, há duas formas principais de você manter sua equipe em constante desenvolvimento pessoal e profissional.
A primeira delas é investir em treinamentos, sejam eles externos ou in company, por meio da contratação de empresas e profissionais especializados em determinados temas ou áreas. Quanto mais capacitado e representativo for o palestrante, mais facilmente o conhecimento será absorvido e assimilado na rotina dos participantes.
Contudo, é preciso lembrar que não basta apenas ter uma equipe técnica. Para o sucesso de uma empresa, é preciso que ela conte com seres humanos melhores. Portanto, investir em treinamentos de desenvolvimento humano, como oratória e relacionamento interpessoal, por exemplo, também é necessário.
Outra forma de estimular o constante aprimoramento dos profissionais é por meio das gratificações especiais, destinadas àqueles que investem em sua capacitação. Por exemplo, o colaborador que concluiu uma graduação ou pós-graduação em área de interesse da empresa tem sua faixa salarial automaticamente reajustada.
Isso é bem lógico, visto que — em tese — a empresa passará a contar com uma mão de obra ainda mais qualificada do que quando contratou o profissional. Com os cinco pilares apresentados, é facilmente possível perceber que eles interagem entre si e até são dependentes uns dos outros. Por isso, é muito importante que a organização direcione esforços para a consolidação simultânea de todos estes aspectos.
GESTÃO ESTRATÉGICA DE PESSOAS. Saiba como implementar corretamente. Disponível em: <https://www.siteware.com.br/gestao-de-equipe/gestao-estrategica-de-pessoas-nas-organizacoes/>. Acesso em: 22 de nov. 2019.