Uma empresa dificilmente muda em direção a uma racionalidade substantiva, apenas faz de conta que o faz, na teoria existe preocupação com o bem estar do funcionários, mas infelizmente a vida real é bem diferente. A teoria é para o marketing, a imagem de preocupação vende. A exemplo do Banco do Brasil que recentemente distribuiu ações da empresa aos funcionários, segundo o Presidente do BB Paulo Cafarelli “a gente vai poder comunicar que todo empregado é também dono da empresa”, porém a distribuição aconteceu durante a negociação coletiva anual, neste período o BB não apresentou nenhuma proposta e ainda participou de uma proposta da FENABRAM onde funcionários perderiam vários direitos entre eles a perda do direito na participação de lucros para funcionários em licença saúde ou maternidade.
Longe da teoria esta a prática de metas abusivas e impossíveis, o mais com menos, o trabalho aumenta o número de funcionários diminuí, a conhecida eficácia e eficiência, fazer mais com menos.
Referencias:
MELIN, Tatiana, Banco do Brasil não apresenta proposta e diz que trabalhador é dono do banco, Rede Brasil Atual, 2018, disponível em <https://www.redebrasilatual.com.br/trabalho/2018/08/banco-do-brasil-nao-apresenta-proposta-e-diz-que-trabalhador-e-dono-do-banco>
Acredito que sim, pois a racionalidade substantiva esta voltada para a valorização do ser humano de forma individual e coletiva fundamentada nos padrões éticos. E mesmo ocorrendo a diversidade de ideias entre os indivíduos de uma mesma organização, esta diversidade não gera desordem, pois a racionalidade substantiva traz o equilíbrio dos indivíduos em relação a coletividade, com aplicação do respeito a dignidade humana, liberdade de expressão e defesa dos valores éticos e morais.
As empresas de hoje precisam pensar no funcionário, pois os melhores profissionais tendem a procurar emprego em organizações que valorizam o ser humano, e que se preocupam com seu bem estar.
Certamente com profissionais mais felizes o serviço rende.
Concordo com a colega Juliana,as organizações substantivas preocupam-se com o ser humano, suas atividades possuem dignidade, afetividade e acima de tudo autenticidade.
Funcionários envolvidos e motivados são frutos de bons salários, reconhecimento e atividades gratificantes, é preciso investir no bem-estar de cada um deles para que caminhem junto da organização. As mudanças positivas no ambiente organizacional geram um ambiente mais agradável, respeitoso e organizado, seus benefícios refletem até mesmo na vida particular dos funcionários.
Concordo com a colega Juliane, como comentado por ela os funcionários tendem a se desligar da empresa quando não valorizados e respeitados como merecem dentro de uma organização, e creio que com isso a empresa pode perder bons colaboradores. Quando felizes o trabalho flui e a motivação de um acaba gerando o mesmo para os que trabalham ao redor, ocasionando num ambiente de trabalho mais harmônico e feliz.
A Ambev na versão “paz e amor” – Reportagem publicada na Revista EXAME
A Ambev, maior cervejaria brasileira, durante muito tempo empregou uma lógica darwinista, onde só os melhores sobreviveriam e quem não se encaixasse no sistema acabaria expulso, ali alguns funcionários insatisfeitos chegaram a mover ações na Justiça acusando a empresa de assédio moral. Porém, assuntos como a preocupação com o bem-estar dos funcionários, a responsabilidade social e o meio ambiente agora estão na pauta de todos os executivos da companhia. “A gente sempre teve de ouvir que a Ambev era eficiente, lucrativa e distribuía bônus milionários, mas que também tirava o sangue do pessoal e era um moedor de gente”, afirma um executivo da empresa. “Cansamos de ter de escutar essas ressalvas.”
Além das mudanças na área de recursos humanos, a Ambev transformou-se recentemente numa aguerrida entusiasta do discurso pelo desenvolvimento sustentável. Hoje a empresa tem um modelo de acompanhamento que permite identificar possíveis “distorções” com mais agilidade. Essas iniciativas não apenas ajudaram a melhorar a qualidade de vida dos funcionários como também minimizaram os gastos com ações trabalhistas.
A racionalidade substantiva é um atributo natural do homem que reside na psique, através dela as pessoas podem conduzir sua vida pessoal na direção da autorrealização, com alcance da satisfação social, além disso, podemos ressaltar que é também empregada esta racionalidade para a dimensão grupal, que se refere ao entendimento, nas direções das responsabilidades e da satisfação com o coletivo.
Creio que quando aplicada nas empresas, pode gerar motivação e bem-estar ao colaborador. Quando falamos sobre autorrealização, por exemplo, que é um dos elementos constitutivos da ação racional substantiva, que enaltece o potencial inato do indivíduo, concretizado juntamente com a satisfação, quando aplicado a uma grande empresa, como a Ambev, trás resultados satisfatórios a qualidade de vida de cada funcionário, onde o indivíduo irá trabalhar em prol do desenvolvimento de todas as suas possibilidades de crescimento, fazendo com que a empresa cresça junto. Analisando como a Ambev atuava neste quesito, nota-se a adequação da empresa, o antigo sistema classificava os funcionários em três grupos, e os 10% que tivessem o pior desempenho eram acompanhados até a porta da rua. Embora essas atitudes trouxessem alguns benefícios, como evitar que pessoas incompetentes permaneçam na empresa, a rigidez da avaliação também ameaçava valores basais para o bom desempenho de uma companhia, como motivação e engajamento dos funcionários.
Outro elemento que pode ser levado em consideração são os valores de mudança e aperfeiçoamento social nas direções do bem estar coletivo, da solidariedade, respeito á individualidade, da liberdade e do comprometimento, presentes no indivíduo e no contexto normativo do grupo. A Ambev precisou se adequar a uma nova realidade, com maior respeito social em sua organização e valorização ao funcionário, através de ações como implementação de cartão ponto para controle de horários de trabalho e instrução exaustivamente a liderança a não ridicularizar publicamente os funcionários.
O colega Marcos explicou muito bem, quando se tem a racionalidade substantiva os funcionários estarão mais satisfeitos e felizes!!
Marcos, me identifiquei muito na parte que você fala da importância, do bem- estar dos colaboradores, visto que esse foi um fator determinante para a Ambev repensar sobre seus conceitos voltado somente para metas absurdas e que o objetivo principal visava somente lucros, atualmente a empresa caminha rumo a mudança, e colaboradores motivados, gera bons resultados para empresa.
Vemos hoje muitas empresas se preocupando com os funcionários tentando dar uma qualidade melhor de trabalho pois eles sabem que quando o funcionário se sente bem no local de trabalho produz muito melhorando o resultado da organização, mas sabemos que existes muitas empresas que não pensam desse jeito acabam cobrando muito exigindo de mais, aonde os funcionários acabam ficando estressados e com um rendimento muito baixo.
Penso que as empresas quando acordarem e olharem os funcionários como pessoas que são capazes de trazer os melhores resultados terão organizações bem sucedidas e colaboradores felizes.
A racionalidade substantiva tem por objetivo buscar a sistemática da eliminação de compulsões desnecessárias, atuando sobre as atividades humanas dentro das organizações.
Respondendo ao questionamento do fórum, acredito que sim, a empresa Ambev caminha para uma significativa mudança, e que os conceitos apresentados está relacionado para a racionalidade substantiva, onde a valorização do ser humano de forma individual e coletiva, é tão importante quanto visar lucro.
Enfim, no meu entender a Ambev começa a praticar outras mudanças, que vai além dos recursos humanos, por exemplo acões voltada para o desenvolvimento sustentável, outro ponto visto como positivo pela empresa é a ecoeficiência, onde as empresas devem se esforçar para produzir cada vez mais com menos.
Acredito que no momento em que a empresa começa a se preocupar com o bem estar dos empregados, está caminhando rumo a uma racionalidade substantiva, a qual busca um julgamento ético que se processa através do debate racional sobre as pretensões de validez emitidas pelos indivíduos nas interações; a autenticidade;
os valores de mudança e aperfeiçoamento social nas direções do bem estar coletivo, da solidariedade, do respeito à individualidade, da liberdade e do comprometimento; a autonomia; a auto-realização e ações que estabelecem acordos e consensos racionais, mediadas pela comunicação livre e que coordenam atividades comuns sob a égide da responsabilidade e satisfação social.
E quando a Ambev muda algumas atitudes e passa a preocupar com o bem estar de seus empregados, mesmo que a principio sejam por interesse próprio como os lucros, quando começa a perceber os benefícios, automaticamente, essa racionalidade substantiva passa a fazer parte da cultura da empresa, percebendo que o funcionário feliz produz mais e melhor.
Percebe-se que a produtividade está diretamente relacionada com o bem-estar de seus colaboradores. Muitas empresas para ver seus funcionários produzindo, está valendo quase tudo: shows, palestras, apresentações de teatro, exercícios de alongamento, aulas de artes marciais, sessões de massagem. O efeito é a longo prazo e estas iniciativas melhoram o relacionamento entre os funcionários.
Por esses motivos vemos hoje empregados com anos de empresa se demitirem e migrarem para a informalidade, onde serão seus próprios patrões, trocando, às vezes bons salários e carreia, por uma vida menos estressante. Porém com isso a sociedade perde, no que diz respeito a perda de impostos que esta informalidade deixa de gerar.
Saber administrar o capital humano de uma empresa é questão de sobrevivência, difícil imaginar algum líder que não saiba ou não se importe com as pessoas. É tiro no próprio pé, é jogar contra o próprio negócio. Há quem até consiga algum resultado, mas poderia alcançar muito mais, além de minimizar o risco de fracassar.
Percebe-se que as empresas voltadas para o desenvolvimento e a inovação com foco na sobrevivência não são as máquinas e processos, mas é o capital humano.