CAD9129-0814142 (20181) - Desenvolvimento de Recursos Humanos

 A cultura expressa os valores ou ideias sociais e as crenças que os membros organizacionais compartilham. A partir do momento que conhecemos a cultura de uma empresa, fica mais fácil de nos adaptarmos a ela, fazendo com que os funcionários cresçam juntamente com a organização.

 A cultura organizacional é responsável pelo desenvolvimento das diretrizes da empresa, ou seja, é um elemento definidor das principais características organizacionais como a missão, visão, valores e a política de gestão.

Hoje em dia as pessoas estão mais preocupadas não somente com sua saúde fisica, mas também a saúde mental e seu bem estar, dentro das empresas e na sociedade. 

Há alguns anos atrás era muito comum se ver empresas onde o "chefe" humilhava os empregados, não se preocupavam em desenvolver e apenas demitiam quando os mesmos não traziam resultados.

Com essa importância que as pessoas estão dando hoje para o seu bem estar, os empreendedores também começaram a sentir as mudanças e a necessidade de dar atenção aos seus colaboradores como seres humanos. 

Nenhuma organização se faz sozinha, ela depende de pessoas para funcionar, então eu acredito que cada vez mais os empresários e gestores devem seguir para esse lado do desenvolvimento, da motivação, da preocupação com as pessoas que fazem o negócio acontecer.

Claro que isso implica em mudança de cultura o que nem sempre é fácil, porém acredito que não tem para onde fugir. As pessoas hoje estão buscando cada vez mais o conhecimento, a qualificação, estão mais instruídas e não aceitam serem tratadas mal, passarem por qualquer tipo de situação que ameace sua saíude mental, psicologica e fisica, e em contra partida, as empresas precisam de uma equipe colaborativa, de pessoas felizes e motivadas trabalhando, por que isso gera resultado naturalmente.

As organizações substantivas preocupam-se com o ser humano, suas atividades possuem dignidade, afetividade e acima de tudo autenticidade.

No atual cenário em que vivenciamos, ou as empresas se adequam a esta mudança, ou estarão gerenciando funcionários infelizes e consequentemente não produzindo adequadamente, gerando baixa produtividade.

Funcionários envolvidos e motivados são frutos de muito mais do que bons salários ou de atividades gratificantes. Para que eles realmente caminhem junto da organização, é preciso investir no bem-estar de cada um deles. As mudanças positivas no ambiente organizacional geram um ambiente mais agradável, respeitoso e organizado, seus benefícios refletem até mesmo na vida particular dos funcionários. Estas mudanças precisam ser contínuas e não apenas quando se percebe algum problema.

O que aconteceu com a empresa citada na reportagem, foi uma mudança bem significativa, que leva algum tempo para acontecer e gerar confiança nos funcionários, de que realmente será sempre naqueles moldes.

Entretanto eu acredito que a empresa poderá estar se direcionando a uma racionalidade substantiva, quando mantém as transformações, e principalmente quando estas transformações alcançam o ser humano.

De acordo com a reportagem, nesse momento a empresa Ambev procura amenizar essa prática de busca pelo resultado de qualquer maneira possível no menor espaço de tempo possível, que notadamente semeia um clima de desumanização no ambiente de trabalho. É uma tendência de outras grandes empresas buscar construir um clima organizacional mais ameno, em que os colaboradores sintam-se menos pressionados ao resultado a qualquer custo.

Então, respondendo ao questionamento do fórum, eu diria que sim, a empresa caminha em direção a um racionalidade substantiva. Lembrando que os vários conceitos apresentados para a racionalidade substantiva atestam que ela está voltada para a valorização do ser humano de forma individual e coletiva fundamentada nos padrões éticos que permitem aos indivíduos julgar e mensurar determinados acontecimentos.

Acredito sim na mudança, pois, se o modelo utilizado até então mostra-se ultrapassado, o caminho mais assertivo é revê-lo e alterá-lo. 

No artigo citado, os funcionários da empresa Ambev não eram tratados de forma a estimular e promover seu bem-estar enquanto ser humano, muito pelo contrário, a satisfação pessoal, a auto realização do funcionário não era foco da empresa que só visava lucros e alavancagem de números. Mas esse modelo já não cabe mais nos tempos atuais, onde os profissionais estão cada vez mais qualificados e buscam o crescimento profissional, valorização, saúde e bem estar, itens como estes estão vindo em primeiro lugar, logo, as empresas que não se enquadram começam a se adaptar, pois começam a perceber que precisam de funcionários motivados e comprometidos e para que isso ocorra, precisam estar realizados dentro da organização.

            Prezados colegas Rufius e Denise! Diante das situações analisadas e expostas por vocês há sim como afirmar ainda a existência de práticas de autoritarismo e de chefes que só querem pensar em si mesmo, com certeza existem estas situações no mercado ainda, mas a diferença está nas oportunidades de defesa dos colaboradores e ainda vejo que na grande maioria dos casos a empresa como um todo não é tão favorável a estes casos de autoritarismo e de chefes que ainda pensam e agem de forma antiga e mesquinha, pois com as informações disponíveis a todos os administradores e empresários levam os mesmos a adotarem métodos mais humanitários dentro das organizações para que os seus colaboradores tenham novas idéias e se sintam mais engajados no projeto da empresa. Para que isso aconteça, é necessário que todos envolvidos estejam engajados com o mesmo propósito.

            Hoje é comum ouvir que tal empresa demitiu um gerente ou um chefe de turma, pois o mesmo não estava contribuindo de maneira eficiente e eficaz para o desenvolvimento da empresa, no modelo antigo quem era demitido sem sequer direito de defesa era o trabalhador que sofria humilhações constantes, isso era um fato comum de acontecer, era normal, hoje de maneira geral se tem maior cuidado com esta situação e ainda se busca incentivos para que o funcionário tenha melhores condições físicas e psicológicas para estar trabalhando e produzindo com mais agilidade oferecendo um trabalho com mais qualidade e assim o mesmo consegue sentir satisfação em estar realizando aquela atividade.

             As empresas de sucesso apostam na linha do pensamento de trazer os funcionários a seu favor incentivando os mesmos a seguirem e criarem metas, a criarem novas idéias, as mesmas incentivam o abandono de práticas já ultrapassadas e a criarem novos métodos e modelos de trabalho e venda dos produtos, em contrapartida dessas ações, as empresas oferecem bônus e gratificações para que os funcionários se sintam mais motivados a produzirem com mais qualidade e agilidade e criarem novos métodos de trabalho, assim as mesmas conseguem estar sempre à frente do mercado. As empresas que ainda insistem em continuar com as práticas antigas estão caminhando para sua extinção.

Racionalidade substantiva é um atributo natural do ser humano que reside na psique. Por meio dela, os indivíduos poderiam conduzir sua vida pessoal na direção da autorrealização, contrabalançando essa busca de emancipação e autorrealização com o alcance da satisfação social.

Ação racional substantiva é aquela orientada para duas dimensões: uma individual, que se refere à autorrealização, entendida como concretização de potencialidades e satisfação do indivíduo; e a dimensão grupal refere-se ao entendimento, nas direções das responsabilidades e da satisfação com o coletivo.

Os elementos constitutivos da ação racional substantiva são: autorrealização, entendimento, julgamento ético, autenticidade, valores emancipatórios, autonomia.

Assim, conforme estes conceitos, pode-se acreditar, sim, em uma mudança da empresa em direção a uma racionalidade substantiva, quando começa a se preocupar com o bem estar dos empregados. A reportagem comenta algumas mudanças na gestão dos recursos humanos na Ambev ocorridas a partir de 2011 e que refletem em outras áreas, como na de custos, ao diminuir a quantidade de processos trabalhistas decorrente de decisões gerenciais a favor dos colaboradores quanto a sua integridade física e emocional que leva a um entendimento melhor entre colegas e hierarquias imediatas. Quando isto acontece nas organizações nota-se empregados mais predispostos a colaborar com os objetivos e valores organizacionais ao se sentirem valorizados quanto à oportunidade de desenvolver seu potencial inato complementado pela satisfação pessoal, também, no estabelecimento de acordos e consensos mediante uma comunicação livre, na emissão de juízos de valor emitidos nas interações francas e honestas entre os indivíduos, no comprometimento num contexto normativo grupal que conduz ao bem estar coletivo e na liberdade de expressão e ação dentro de um marco de respeito. A autorrealização e emancipação que cada indivíduo busca deve-se alinhar com a satisfação social, geralmente isto ocorre dentro das organizações.

Para concluir se numa empresa predomina uma racionalidade substantiva sobre outras, como a instrumental, existem tabelas de análise de processos gerenciais relacionados aos elementos constitutivos de tal ação, que não é motivo de questionamento neste fórum, porém, é expressiva a atitude favorável das organizações de procurar mudanças neste sentido conforme relata o artigo da AnPad abaixo referenciado para consulta.

Uma administração renovada deve ser almejada com vistas a oportunizar um cenário mais positivo ao efetivo desenvolvimento humano (Aktouf, apud Dellagnelo, 2016, p. 107).

Referências: 

http://www.anpad.org.br/admin/pdf/2012_EOR2357.pdf. Acesso em: 07 de Out. de 2018.

 Concordo com que os colegas falaram anteriormente, nos dias atuais as empresas tendem a não olhar apenas o bem-estar físico das pessoas e sim a forma como elas vivem o seu bem-estar de uma maneira geral, suas crenças e religiões como elas se sente como pessoas, pois as empresas começaram a entender que elas dependem dos seus colaboradores e que elas sozinho não chegam a ponto nenhum. Quando você tem uma cultura organizacional arraigada e que ela tenta passar para o seu funcionário o que empresa quer, e não tentar mudar algo dentro do seu funcionário ela quer mudar algumas ações e não seu jeito de viver isso é uma cultura que à meu ver tende e a dar certo.

 Para empresa conseguir implantar há transformação desejada, mudar uma cultura já existente não é tão fácil, algumas pessoas não têm uma facilidade para mudança ou para adaptar-se a novas mudanças, a empresa que consegue lidar bem com isso, faz com que seus colaboradores aceitem novas ideias e aceitem o novo desafio, ela estará alcançando o objetivo com que se dispôs com essa transformação.

Na minha opinião é uma tendência cada vez mais forte e crescente a postura dos gestores de serem mais sensíveis e parceiros com os funcionários zelando pela qualidade de vida e mental de todos.

Demonstrar interesse real e sincero pelo colaborador, pelo que ele pensa e senti enquanto está trabalhando o empresário tem como recompensa um time saudável, feliz e de fato comprometido como que faz, sendo assim mais produtivo e consequentemente melhorando os resultados financeiros da empresa

Ação racional substantiva é aquela orientada para duas dimensões: uma individual, que se refere à auto realização, entendida como concretização de potencialidades e satisfação do indivíduo; e a dimensão grupal refere-se ao entendimento, nas direções das responsabilidades e da satisfação com o coletivo. Pode-se encontrar nas empresas a ação racional substantiva nos processos de auto realização do colaborador e gestor no entendimento das ações de acordos e consensos racionais, no julgamento ético, na autenticidade, nos valores emancipatórios e na autonomia.

 A reportagem mostra como as empresas estão se adaptando ao novo modelo de comando das empresas.

BORGES, L. D. O.; MOURÃO,. O Trabalho e as Organizações: Atuações a partir da Psicologia. Porto Alegre: Artmed, 2013.

DELLAGNELO, E. H. L. Desenvolvimento de Recursos Humanos. Florianópolis: Departamento de Ciências da Administração/UFSC, 2016. 140 p.

Concordo com você Lucilene qdo diz que as empresas que não se enquadram começam a se adaptar, pois começam a perceber que precisam de funcionários motivados e comprometidos e para que isso ocorra, precisam estar realizados dentro da organização.

Devido a grande importância que se dá as recompensas pelo desempenho confundiu-se a satisfação obtida com o próprio trabalho e a motivação para executá-lo. Quando motivadas para alguma tarefa as pessoas não sentem o tempo passar e costumam dedicar-se intensamente as atividades para as quais estão motivadas.

A partir do momento que a empresa começa a se preocupar com o bem estar dos empregados, há um direcionamento à uma racionalidade substantiva, partindo de uma visão desinteressada ou voltada ao interesse do bem comum. Há uma preocupação voltada à área os recursos humanos, como demonstrada pela Ambev na referida reportagem.

Relacionando-se com as unidades 5 e 6 da apostila, conforme Aktouf (1996), sempre é importante conhecer o passado para operar rupturas, e conforme exposto no artigo sob análise, a Ambev tem mudado sua política de desenvolvimento de recursos humanos, baseando-se em uma análise de sua política anterior. Ainda nesse sentido, uma administração renovada, conforme Aktouf (1996), deve ser almejada com vistas a oportunizar um cenário mais positivo ao efetivo desenvolvimento humano. A partir do desenvolvimento de uma racionalidade substantiva na empresa retromencionada é que podemos concordar em efetivamente proporcionar o crescimento das pessoas de maneira completa.

Referências:

Portal IBC. RELAÇÃO DE CONFIANÇA ENTRE O EMPREGADO E O EMPREGADOR. Disponível em: <https://www.ibccoaching.com.br/portal/mercado-trabalho/relacao-de-confianca-entre-o-empregado-e-o-empregador/>. Acesso em 07/10/2018.

Livro Texto

Concordo com o que muitos colegas disseram, ainda vemos hoje em dia a prática de autoritarismo de chefe com empregado, mas acredito que essa prática, aos poucos, com pessoas novas e mais bem preparadas na gerência, está mudando, tornando muito mais sensível essa relação. Posso citar o local onde trabalho como exemplo, onde não temos uma relação chefe e empregado, mas sim líder e sua equipe. A gerência do local é descentralizada, meu superior é o coordenador do setor, e o dele é o diretor (que atualmente está fazendo MBA em gestão de pessoas). Mas não há nenhum medo e sim respeito de ambas as partes, entre funcionários, coordenadores e o diretor. Sempre que alguém tem algum problema, procura-se resolvê-lo e sempre tomando o lado humano em primeiro lugar, muitas das vezes deixando o lucro em segundo plano. O diretor sempre é muito acessível, e sua visão de gestão é a partir de recursos humanos, pois para ele, o lucro vem com o tempo, desde que todos estejam felizes e contentes com seu trabalho, dessa maneira todos os seus funcionários vestem a camisa e seguem os mesmos sonhos que ele, e o sucesso vem naturalmente. Eu como funcionário da empresa, um laboratório de análises clínicas, posso dizer que todos os colaboradores estão satisfeitos com seus trabalhos e isso reflete muito no feedback dos clientes, que sempre elogiam a disposição e o atendimento dos funcionários, sendo que entre os clientes e os médicos o laboratório está entre os mais conceituados da cidade. Então, respondendo a pergunta inicial, sim eu acredito que uma mudança das empresas em direção ao bem estar do empregados irá trazer ainda mais crescimento para a empresa, mesmo que em um primeiro momento isso não gere lucro, com o tempo os resultados virão, pois vivencio isso na prático e vejo que a longo prazo esse modelo de gestão traz o sucesso.