GRUPO 1

As traduções aqui analisadas encontram-se em português sinalizado, haja vista que apresentam características da língua portuguesa, em detrimento da gramática da língua de sinais brasileira e, considerando a estrutura da língua brasileira de sinais, estão inadequadas dependendo do contexto em que são utilizadas. Por estes motivos, a compreensão fica comprometida, podendo causar conflitos no processo comunicativo, de acordo com o conhecimento linguístico dos envolvidos no processo conversacional.

Determinadas limitações podem ser citadas. Alguns vocábulos são considerados isoladamente, fora de contexto. No primeiro exemplo, quando traduz “língua”, o hand talk faz referência à parte do corpo e não ao sistema linguístico. Outra restrição do programa é a utilização de verbos de concordância, bem como a ausência do uso de classificadores. No terceiro exemplo, os dois sistemas utilizaram o verbo “dar” sem marcar o referente e não descreveram a ação do verbo “morder”.

Nesse contexto, os programas lançam mão da abordagem lexicográfica, desconsiderando as regras internas à língua brasileira de sinais. Vale destacar que o prodeaf possui um vocabulário mais extenso se comparado com o hand talk. Além disso, os sistemas aqui analisados são de relevância enquanto ferramentas de apoio aos tradutores-intérpretes de libras e demais usuários da língua, com possibilidade de aperfeiçoamento na precisão e qualidade das traduções realizadas.

Em suma, as traduções poderiam ser feitas considerando a estrutura gramatical da Libras, afastando-se da abordagem lexicográfica e ponderando acerca do sentido dos segmentos, ou seja, adotando regras próprias dos sistemas linguísticos envolvidos.

» 2- Atividade Presencial - Libras e Tradução Automática (POSTAGEM PELO LÍDER ATÉ 25-03)